Por que a comunicação é tão importante para a Veterinária?

Por: Sergio Lobato

É de senso comum que profissionais da área de saúde tendem a ter lacunas em temas como gestão de negócios e comunicação

Por muito tempo escuto no meio veterinário que devemos aprender a “falar para fora”. E hoje me vejo pensando o que seria o real significado dessa expressão e como traduzi-la para o contexto atual em que vivemos na Medicina Veterinária.

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É de senso comum que profissionais da área de saúde tendem a ter lacunas em sua formação acessória (porém não menos importante) onde temas como postura profissional, gestão de negócios e comunicação são relegados a segundos, ou até mesmo terceiros planos. Acredito que essa lacuna começa a gerar a sensação de que muitos problemas que enfrentamos na Medicina Veterinária poderiam ser evitados com o uso e ou aplicação dessas habilidades e competências acessórias de forma a facilitar o nosso Ato Médico Veterinário, seja promovendo-o corretamente, protegido e explicado de forma que a percepção de seu VALOR seja cada vez mais forte e clara.

Como a sociedade vê o médico-veterinário?

O que ela sabe sobre nosso trabalho?

Sobre nossa rotina?

Sobre nosso papel?

Sobre nossa enorme responsabilidade na saúde humana?

Esse processo de comunicação externa, direcionada para o nosso público-alvo esteve por muitos anos sem um direcionamento claro, ou até mesmo foi inexistente e deixamos que a imagem da profissão fosse completamente esquecida em algumas áreas, e totalmente invertida em outras áreas como a Clínica Médica de Pequenos Animais.

Como agir?

Ações e Campanhas sem apelo, institucionais, porém pouco emocionais e educativas, abriram uma porta para que o oportunismo de certos setores da sociedade que passaram a impor conceitos errôneos sobre o papel do médico-veterinário. Como exemplo, podemos citar a disseminação criminosa do conceito de que veterinários do bem não cobram pelo seu trabalho (demonizando os que cobram pelos anos de conhecimento e dedicação árdua na sua formação), criando no inconsciente das pessoas essa visão distorcida que devemos trabalhar “por amor”.

Como mudar essa situação?

Posicionando-se!

Falando! Comunicando!

Mas a campanha de Comunicação não pode vir somente “de cima para baixo”, ou seja, ser apenas uma campanha de Comunicação promovida pelos nossos Conselhos de Classe. Para reeducar nossa sociedade, nós devemos nos reeducar também!

E como podemos nos reeducar nesse processo de comunicação Sergio?

Vamos a alguns passos?

1 – Conheça seu Código de Ética! Ele diz o que você pode, deve e é um guia na sua conduta!

2 – Defina seu posicionamento como negócio veterinário! Não adianta ter um hospital e uma imagem de um pet shop em suas mídias.

3 – Cuide da imagem de sua empresa tanto no ambiente real quando no virtual!

4 – Cuidado com os termos e documentos de uso profissional na sua rotina clínica

5 – Tenha o apoio de profissionais qualificados para gerir sua imagem!

6 – Entenda que quem não é visto não é lembrado. Continuidade na Comunicação é a chave!

 

Quando entendermos que através de vários canais disponíveis podemos fazer um esforço conjunto entre profissionais, entidades de classe e empresas veterinárias, teremos dado o primeiro passo para, através de estratégias de comunicação assertivas e focadas, resgatar nossa imagem de direto junto à sociedade.

Pense nisso!

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Sergio Lobato

Médico-veterinário formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, pós-graduado em Marketing e Estratégia pela Universidade Estácio de Sá e colunista em Revistas e Blogs. Autor da Manual de Responsabilidade Técnica para Clínicas e Petshops e Consultor atuante em toda cadeia produtiva pet e veterinária no Brasil e Exterior.
Whatsapp: (21) 98856-0396
Site: sergiolobato.com.br
Instagram@sergiolobatovet

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