O que precisamos saber sobre o linfoma alimentar felino?

Por Dra. Rochana Rodrigues Fett e Marina Condotta

o que precisamos saber sobre o linfoma alimentar felino?

Os linfomas, tumores intestinais felinos, e carcinomas, são os mais vistos na rotina clínica da medicina veterinária, tendo porcentagem de até 55% dos casos (MORRICE et al, 2019). Conhecidos por linfossarcomas, são neoplasias malignas hematopoiéticas originárias de órgãos linfóides, que podem desenvolver-se em qualquer tipo de órgão, recebendo uma nomenclatura relacionada com a sua localização: cutâneo, gastrointestinal, extranodal, mediastinal e outros SILVA; SILVA, 2019).

{PAYWALL_INICIO}

Vale dizer que essa patologia é responsável por mais de 30% de óbitos em felinos domésticos (TOMÉ, 2010). Embora não tenha uma confirmação, a incidência é maior em felinos machos mais velhos (ORTIZ et al, 2019). Já o linfoma alimentar é uma neoplasia gastrointestinal frequentemente diagnosticada na clínica de felinos domésticos. Os linfomas gastrointestinais podem ser classificados de acordo com sua morfologia (células pequenas e grandes), distribuição dentro da mucosa (epiteliotropismo), imunofenótipo (células B, T ou natural killer), localização anatômica, aparência histológica e comportamento biológico (baixo e alto graus) (MARSILIO, 2021).

O linfoma de células T associado à enteropatia tipo I, antigamente chamado de linfoma alimentar de “grau intermediário/alto”, é formado por células T imaturas e pouco diferenciadas, com altas taxas de mitoses, com casos de infiltrados transmurais. São tumores agressivos, de rápida progressão, que podem se espalhar além do trato alimentar e resultar em quadros clínicos agudos e, muitas vezes, graves (RICHTER, 2003; MOORE; RODRIGUEZ-BERTOS; KASS, 2012; KRICK; SONREMO, 2016; MARSILIO, 2021).

Já o linfoma de células granulares (LCG) é uma forma um pouco distinta desse tipo de linfoma, pois suas células possuem grânulos intraplasmáticos azurófilos, tendo seu imunofenótipo caracterizado pela presença de células T e ocasionalmente células natural killer (NK) (FINOTELLO et al., 2017).

Por sua vez, o linfoma de células T associado à enteropatia tipo II (LTAE-II), antes chamado de linfoma alimentar de “baixo grau” ou de “pequenas células”, é constituído por linfócitos T pequenos, maduros e bem-diferenciados, com baixas taxas de mitoses, que se originam na mucosa do intestino, mas não costumam invadir a submucosa. Tipicamente, fica contido no trato alimentar e tende a progredir lentamente. Esse tipo de linfoma alimentar, é o mais prevalentemente diagnosticado em felinos (MOORE; RODRIGUEZ-BERTOS; KASS, 2012; KRICK; SONREMO, 2016).

O linfoma difuso de grandes células B (LDGB), conhecido anteriormente por linfoma alimentar de “grandes células”, é composto por linfócitos B grandes, com altas taxas mitóticas e infiltrados transmurais. Tem rápida progressão e pode se espalhar além do trato alimentar (MOORE; RODRIGUEZ-BERTOS; KASS, 2012).

Sobre os fatores de risco para o desenvolvimento do linfoma alimentar, vale ressaltar que o FeLV possui o potencial de transformar o linfoblasto infectado em uma célula neoplásica. Gatos que já tenham sido expostos ao vírus, podem desenvolver linfoma alimentar, ainda que não sejam virêmicos  (HARDY, 1981; COSTA; SOUZA; DAMICO, 2017).

O Vírus da imunodeficiência felina (FIV) também já foi sugerido no desenvolvimento do linfoma alimentar, tanto indireto, devido à imunossupressão que esse vírus causa, como direto, pela maior proliferação de linfócitos logo após a infecção, o que aumentaria o risco de aparecimento e desenvolvimento de uma célula neoplásica (CALLANAN et al., 1996; ENDO et al., 1997; MAGDEN; QUACKENBUSH; VANDEWOUDE, 2011).

A inflamação intestinal crônica é outra frequentemente proposta como um fator de risco para o desenvolvimento de linfoma alimentar, visto que alguns estudos descrevem a doença inflamatória intestinal (DII) prévia ou concomitante ao linfoma (MOORE et al., 2005; BRISCOE et al., 2011).

Os médicos precisam saber que gatos com linfoma alimentar, geralmente apresentam hiporexia ou anorexia e perda de peso crônica. Aliás, esses podem ser os únicos sintomas relatados pelo responsável. Outros sinais clínicos incluem vômitos, diarreia, letargia, poliúria, polidipsia e polifagia  (MAHONY et al., 1995; KISELOW et al., 2008)..

Embora os sinais clínicos sejam semelhantes entre gatos com LTAE-II e LTAE-I/LDGB, a cronicidade e a gravidade costumam ser diferentes. Veja bem, gatos com LTAE-I/LDGB tendem a ter um início mais grave e mais rápido dos sinais clínicos, enquanto gatos com LTAE-II costumam ter sinais clínicos menos graves, com uma história indolente (KRICK; SONREMO, 2016).

Outro ponto a ser observado é que gatos com LTAE-I/LDGB tendem a formar massa abdominal palpável e envolvimento estomacal, já gatos com LTAE-II normalmente apresentam espessamento de alças intestinais e envolvimento de intestino delgado (BARRS; BEATTY, 2012a).

Vamos ao diagnóstico? A abordagem diagnóstica primária do linfoma alimentar felino visa descartar outras afecções que possam acometer o trato gastrointestinal. Para isso, devem ser realizados alguns exames, como hemograma, bioquímicos renais e hepáticos, sorologia para FIV e FeLV, T4 total, lipase pancreática felina, exame parasitológico de fezes, PCR para Giárdia spp. Além disso, podem ser feitas triagens terapêuticas, com antiparasitários e antimicrobianos, e alimentares, com dietas de eliminação (BARRS; BEATTY, 2012a; BARRIGA, 2013; JUNIOR; PIMENTA; DANIEL, 2015).

Quanto ao hemograma, pode apresentar anemia, linfoblastos e neutrofilia (KISELOW et al., 2008; KRICK et al., 2008; SCHMIDT, 2018). A albumina pode estar diminuída (KRICK et al., 2008; LINGARD et al, 2009) e os bioquímicos hepáticos aumentados (KRICK et al., 2008; LINGARD et al., 2009).  A cobalamina pode estar diminuída (BRISCOE et al., 2011) e o folato pode estar diminuído, normal ou aumentado (BARRS; BEATTY, 2012a).

A ultrassonografia abdominal permite a avaliação do trato gastrointestinal como espessamento de paredes, estratificação de camadas, motilidade, linfonodos mesentéricos e conteúdo luminal. As alterações mais comumente encontradas em gatos com LTAE-I/LDGB são espessamento da parede intestinal, perda da estratificação de camadas, ecogenicidade diminuída, hipomotilidade localizada e linfoadenomegalia. Também é comum encontrar evidência ultrassonográfica de envolvimento extra intestinal (PENNICK et al., 1994; MAHONY et al., 1995).

No LTAE-II, as paredes podem apresentar espessura dentro da normalidade ou aumentadas, com preservação da estratificação de camadas e os linfonodos mesentéricos podem estar aumentados (LINGARD et al., 2009; STEIN et al., 2010). A espessura normal da parede intestinal e a ausência de alterações nos linfonodos mesentéricos não excluem a possibilidade de LTAE-II (BARRS; BEATTY, 2012a). Vale dizer que a realização apenas do exame ultrassonográfico abdominal, não é o suficiente para diferenciar essas doenças (EVANS et al., 2006; DANIAUX et al., 2014).

A radiografia de abdômen pode evidenciar a presença de massa abdominal, espessamento da parede estomacal, perda do detalhe das serosas e obstrução gastrointestinal (MAHONY et al., 1995; FONDACARO et al., 1999). Já as radiografias torácicas podem ser realizadas à procura de envolvimento pulmonar, apesar de não serem comuns (MAHONY et al., 1995). Como muitos felinos não apresentam alterações radiográficas, prefira a ultrassonografia abdominal (MOORE et al., 1996).

A capacidade citológica de detectar neoplasias intestinais depende da extensão da infiltração e da presença de ulcerações. A característica esfoliativa do linfoma facilita seu diagnóstico citológico (FRANKS et al., 1986). Além disso, a CAAF de massas intestinais ou linfonodos mesentéricos aumentados geralmente ajuda a diagnosticar linfomas de células grandes (como o LTAE-I e LDGB), mas pode não contribuir para o diagnóstico de linfoma de células pequenas (como LTAE-II).

O tratamento de escolha para o linfoma alimentar felino é a quimioterapia, que se baseia primeiramente na indução da remissão neoplásica e, posteriormente, na manutenção do paciente livre da neoplasia. O protocolo quimioterápico a ser escolhido irá variar de acordo com o tipo de linfoma diagnosticado (WILSON, 2008).

O tratamento prévio com corticosteróides antes do início do protocolo quimioterápico deve ser realizado com cautela. Existem especulações de que o uso prévio e prolongado de corticosteróides podem induzir resistência a múltiplas drogas quimioterápicas, afetando negativamente a resposta ao tratamento (BERGMAN, 2003; HLAVATY et al., 2021).

É incomum que o linfoma alimentar se restrinja ao trato intestinal sem o envolvimento de linfonodos ou outros órgãos e, por essa razão, a ressecção cirúrgica apenas não constitui o tratamento de escolha (RICHTER, 2003). A ressecção de massa intestinal será indicada nos casos em que resulta em obstrução ou em risco de perfuração e, a combinação com a terapêutica quimioterápica, pode resultar em melhor prognóstico (KRICK et al., 2008; SMITH et al., 2011).

Em um paciente oncológico um dos primeiros passos antes do início ao tratamento é uma reformulação em sua dieta. Um felino quando submetido a tratamentos quimioterápicos acaba tendo perda de massa muscular esquelética, sendo essencial a elevação do teor proteico, aumentando o fornecimento de aminoácidos ao paciente, com o objetivo que ele suporte o acelerado catabolismo proteico e mantenha um percentual em musculatura, evitando que chegue a uma situação crítica, como caquexia (NELSON. R.W., COUTO. C.G, 2015).

Os principais fármacos quimioterápicos usados no tratamento de linfoma são: ciclofosfamida, clorambucil, prednisolona, vincristina, doxorrubicina, L-asparaginase, lomustina e metotrexato (BILLER, et al., 2016). Em geral, os gatos são bastante resistentes aos efeitos colaterais mais graves dos quimioterápicos e os tutores aceitam bem o tratamento, pois notam uma significativa melhora na qualidade de vida dos seus animais após o início da quimioterapia (TZANNES, 2008).

REFERÊNCIAS

AMORIM, R. L.; NETO, R. T.; KIUPEL, M. Imuno-histoquímica no diagnóstico oncológico. In: DALECK, C. R.; DE NARDI, A. B. Oncologia em cães e gatos. 2. ed. Rio de Janeiro: Roca, 2016. cap. 9. p. 218-238.

ANDREASEN, C. B. et al. Cavidade oral, trato gastrointestinal e estruturas associadas. In: RASKIN, R. E.; MEYER, D. J. (ed.). Citologia clínica de cães e gatos: atlas colorido e guia de interpretação. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. cap. 7. p. 390-435.ANTELO, T. S. Uso de Lomustina em Linfoma Gastrointestinal Felino: revisão de literatura e descrição de 3 casos clínicos. 2021. 99 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Medicina Veterinária, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, 2021.

AVERY, A. C. Molecular diagnostics of hematologic malignancies in small animals. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, [S.l.], v. 42, n. 1, p. 97-110, jan. 2012. DOI: 10.1016/j.cvsm.2011.11.001

BARRIGA, V. M. Avaliação citológica, histológica e imunoistoquímica do linfoma alimentar em felinos domésticos. 2013. 108 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.

BARRS, V.; BEATTY, J. Feline alimentary lymphoma: 1. classification, risk factors, clinical signs and non-invasive diagnostics. Journal of Feline Medicine and Surgery, [S.l.], v. 14, n. 3, p. 182-190, feb. 2012a. DOI: 10.1177/1098612X12439265

BARRS, V.; BEATTY, J. Feline alimentary lymphoma: 2. further diagnostics, therapy and prognosis. Journal of Feline Medicine and Surgery, [S.l.], v. 14, n. 3, p. 191-201, 27 feb. 2012b. DOI: 10.1177/1098612X12439266

BERGMAN, P. J. Mechanisms of anticancer drug resistance. Veterinary Clinical Small Animal, v. 33, n. 3, p. 651-667, may 2003. DOI: 10.1016/S0195-5616(03)00004-4

BILLER, B. et al. 2016 AAHA oncology guidelines for dogs and cats. Journal of the American Animal Hospital Association, v. 52, n. 4, p. 181–204, 2016.

BRISCOE, K. A. et al. Histopathological and immunohistochemical evaluation of 53 cases of feline lymphoplasmacytic enteritis and low-grade alimentary lymphoma. Journal Of Comparative Pathology, [S.l.], v. 145, n. 2-3, p. 187-198, aug. 2011. DOI: 10.1016/j.jcpa.2010.12.011

CALLANAN, J. J. et al. Histologic classification and immunophenotype of lymphosarcomas in cats with naturally and experimentally acquired feline immunodeficiency virus infections. Veterinary Pathology, [S.l.], v. 33, n. 3, p. 264-272, may 1996. DOI: 10.1177/030098589603300302

CHAN, C. M. et al. Phase I dose escalating study of oral cyclophosphamide in tumourbearing cats. The Veterinary Journal, v. 258, n. 105450, abr. 2020.

COSTA, F. V. A.; SOUZA, H. J. M.; DAMICO, C. B. Linfoma e desordens mieloproliferativas em felinos. In: COSTA, F. V. A et al. Oncologia felina. Rio de Janeiro: L.F. Livros de Veterinária, 2017. cap. 15. p. 315-356

COUTO, C. G. What is new on feline lymphoma?. Journal of Feline Medicine and Surgery, [S.l.], v. 3, n. 4, p. 171-176, dec. 2001. DOI: 10.1053/jfms.2001.0146

DANIAUX, L. A. et al. Ultrasonographic thickening of the muscularis propria in feline small intestinal small cell T-cell lymphoma and inflammatory bowel disease. Journal of Feline Medicine and Surgery, [S.l.], v. 16, n. 2, p. 89-98, feb. 2014. DOI: 10.1177/1098612X13498596

DUTELLE, A. L. et al. Evaluation of lomustine as a rescue agent for cats with resistant lymphoma. Journal of Feline Medicine and Surgery, v. 14, n. 10, p. 694-700, 2012.

ENDO, Y. et al. Molecular characteristics of malignant lymphomas in cats naturally infected with feline immunodeficiency virus. Veterinary Immunology and Immunopathology, [S.l.], v. 57, n. 3-4, p. 153-167, july 1997. DOI: 10.1016/s0165-2427(97)00004-4

EVANS, S. E. et al. Comparison of endoscopic and full-thickness biopsy specimens for diagnosis of inflammatory bowel disease and alimentary tract lymphoma in cats. Journal of the American Veterinary Medical Association, [S.l.], v. 229, n. 9, p. 1447-1450, nov. 2006. DOI: 10.2460/javma.229.9.1447

FINOTELLO, R. et al.: Feline large granular lymphocyte lymphoma: an italian society of veterinary oncology (SIONCOV) retrospective study, Veterinary and Comparative Oncology, [S.l.], n. 1, v. 16, p. 159 – 166, may 2017. DOI: 10.1111/vco.12325

FONDACARO, J. V. et al. Feline gastrointestinal lymphoma: 67 cases (1988-1996). European Journal of Comparative Gastroenterology, [S.l], v.4, n.2, p.5-11, 1999.

FRANKS, P. T. et al. Feline large granular lymphoma. Veterinary pathology, [S.l], v. 23, n. 2, p. 200-202, mar. 1986. DOI: 10.1177/030098588602300215

GOGGIN, J. M. et al. Ultrasonographic measurement of gastrointestinal wall thickness and the ultrasonographic appearance of the ileocolic region in healthy cats. Journal of the American Animal Hospital Association, [S.l.], v. 36, n. 3, p. 224-228, june 2000. DOI: 10.5326/15473317-36-3-224

GROVER, S. Gastrointestinal lymphoma in cats. Compendium, v. 27, n. 10, p. 741-751, 2005.

HARDY, W. D. Hematopoietic tumors of cats. Journal of the American Animal Hospital Association, [S.l.], v. 17, p. 921-940, nov. 1981.

HLAVATY, J. et al. Effect of prednisolone pre-treatment on cat lymphoma cell sensitivity towards chemotherapeutic drugs. Research in Veterinary Science, v. 138, p. 178-187, 2021.

JUNIOR, A. R.; PIMENTA, M. M.; DANIEL, A. G. T. Gastroenterologia em felinos. In: JERICÓ, M. M.; ANDRADE NETO, J. P.; KOGIKA, M. M. (eds.). Tratado de medicina interna de cães e gatos. 1. ed. Rio de Janeiro: Roca, 2015. v. 1. cap 121. p. 3059-3138

KIM, C. et al. Cyclophosphamide rescue therapy for relapsed low-grade alimentary lymphoma after chlorambucil treatment in cats. Journal of Feline Medicine and Surgery, v. 23, n. 10, p. 976-986, 2021.

KISELOW, M. A. et al. Outcome of cats with low-grade lymphocytic lymphoma: 41 cases (1995–2005). Journal of the American Veterinary Medical Association, [S.l.], v. 232, n. 3, p. 405-410, feb. 2008. DOI: 10.2460/javma.232.3.405

KIUPEL, M. et al. Diagnostic algorithm to differentiate lymphoma from inflammation in feline small intestinal biopsy samples. Veterinary Pathology, [S.l.], v. 48, n. 1, p. 212-222, jan. 2011. DOI: 10.1177/0300985810389479

KRICK, E. L.; SONREMO, K. U. A review and update on gastrointestinal lymphoma in cats. In: LITTLE, S. E. (ed.). August’s consultations in feline internal medicine. 7. ed. St. Louis: Elsevier, 2016. cap. 57. p. 561-571.

LINGARD, A. E. et al. Low-grade alimentary lymphoma: clinicopathological findings and response to treatment in 17 cases. Journal of Feline Medicine and Surgery, [S.l.], v. 11, n. 8, p. 692-700, aug. 2009. DOI: 10.1016/j.jfms.2009.05.021

MAGDEN, E.; QUACKENBUSH, S. L.; VANDEWOUNDE, S. FIV associated neoplasms—a mini-review. Veterinary Immunology and Immunopathology, [S.l.], v. 143, n. 3-4, p. 227-234, oct. 2011. DOI: 10.1016/j.vetimm.2011.06.016

MAHONY, O. M. et al. Alimentary lymphoma in cats: 28 cases (1988-1993). Journal of the American Veterinary Medical Association, [S.l], v. 207, n. 12, p. 1593-1598, dec. 1995.

MARSILIO, S. Differentiating inflammatory bowel disease from alimentary lymphoma in cats: does it matter? Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, [S.l.], v. 51, n. 1, p. 93-109, jan. 2021. DOI: 10.1016/j.cvsm.2020.09.009

MAULDIN, G. I. et al: Chemotherapy in 132 cats with lymphoma (1988–1994). In: 15th Annual Conference of the Veterinary Cancer Society, Tucson, 1995. p. 35-36.

MILNER, R. J. et al. Response rates and survival times for cats with lymphoma treated with the University of Wisconsin-Madison chemotherapy protocol: 38 cases (1996-2003). Journal of American Veterinary Medical Association, v. 227, n. 7, p. 1118-1122, Oct. 2005.

MOORE, A. S. et al. A comparison of doxorubicin and COP for maintenance of remission in cats with lymphoma. Journal of Veterinary Internal Medicine, [S.l.], v.10, n.6, p.372-375, dec. 1996. DOI: 10.1111/j.1939-1676.1996.tb02083.x

MOORE, A. S.; FRIMBERGER, A. E.; CHAN, C. M. Dosage escalation of intravenous cyclophosphamide in cats with cancer. The Veterinary Journal, v. 242, p. 39-43, 2018.

MOORE, P. F. et al. Characterization of feline T cell receptor gamma (TCRG) variable region genes for the molecular diagnosis of feline intestinal T cell lymphoma. Veterinary Immunology and Immunopathology, [S.l.], v. 106, n. 3-4, p. 167-178, 15 july 2005. DOI: 10.1016/j.vetimm.2005.02.014

MOORE, P. F.; RODRIGUEZ-BERTOS, A.; KASS, P. H. Feline gastrointestinal lymphoma: mucosal architecture, immunophenotype and molecular clonality. Veterinary Pathology, [S.l.], v. 49, n. 4, p. 658-668, 19 apr. 2012. DOI: 10.1177/0300985811404712

OBERTHALER, K. T. et al. Rescue therapy with doxorubicin-based chemotherapy for relapsing or refractory feline lymphoma: a retrospective study of 23 cases. Journal of Feline Medicine and Surgery, v. 11, n. 4, p. 259-265, 2009.

PATTERSON-KANE, J. C.; KUGLER, B. P.; FRANCIS, K. The possible prognostic significance of immunophenotype in feline alimentary lymphoma: a pilot study. Journal of Comparative Pathology, [S.l.], v. 130, n. 2-3, p. 220-222, apr. 2004. DOI: 10.1016/j.jcpa.2003.09.008

PENNINCK, D. G. et al. Ultrasonography of alimentary lymphosarcoma in the cat. Veterinary Radiology & Ultrasound, [S.l.], v. 35, n. 4, p. 299-306, july 1994. DOI: 10.1111/j.1740-8261.1994.tb02045.x

POPE, K. V. et al. Outcome and toxicity assessment of feline small cell lymphoma: 56 cases (2000– 2010). Veterinary Medicine and Science, v. 1, n. 2, p. 51-62, 2015.

RASSNICK, K. M. et al. MOPP-AC for treatment of lymphoma in cats. Proceedings from the 21st Annual Veterinary Cancer Society Meeting, p 10, 2001

RAU, S. E.; BURGESS, K. E. A retrospective evaluation of lomustine (CeeNU) in 32 treatment naïve cats with intermediate to large cell gastrointestinal lymphoma (2006–2013). Veterinary and Comparative Oncology, v. 15, n. 3, p. 1019-1028, 2017.

RICHTER, K. P. Feline gastrointestinal lymphoma. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, [S.l.], v. 33, n. 5, p. 1083-1098, sep. 2003. DOI: 10.1016/s0195-5616(03)00054-8

SCHMIDT, B. R. Lymphoma. In: NORSWORTHY, G. D. (ed.). The feline patient. 5. ed. Hoboken: Wiley Blackwell, 2018. cap. 132. p. 381-383.

SMITH, A. L. et al. Perioperative complications after full‐thickness gastrointestinal surgery in cats with alimentary lymphoma. Veterinary Surgery, [S.l.], v. 40, n. 7, p. 849-852, oct. 2011. DOI: 10.1111/j.1532-950X.2011.00863.x

STEIN, T. J. et al. Treatment of feline gastrointestinal small-cell lymphoma with chlorambucil and glucocorticoids. Journal of the American Animal Hospital Association, [S.l.], v. 46, n. 6, p. 413-417, nov. 2010. DOI: 10.5326/0460413

TESKE E. et al. Chemotherapy with cyclophosphamide, vincristine, and prednisolone (COP) in cats with malignant lymphoma: new results with an old protocol. Journal of Veterinary Internal Medicine, v. 16, n. 2, p. 179-186, 2002.

TZANNES, S. et al. Owners ‘perception of their cats’ quality of life during COP chemotherapy for lymphoma. Journal of Feline Medicine and Surgery, [S.l.], v.10, n.1, p.73-81, feb. 2008. DOI: 10.1016/j.jfms.2007.05.008

VAIL, D. M. et al. Feline lymphoma (145 cases): proliferation indices, cluster of differentiation 3 immunoreactivity, and their association with prognosis in 90 cats. Journal of Veterinary Internal Medicine /American College of Veterinary Internal Medicine; v. 12, n. 5, p. 349-354, oct. 1998. DOI: 10.1111/j.1939-1676.1998.tb02134.x

VALLI, V. E. O. et al. The histologic classification of 602 cases of feline lymphoproliferative disease using the National Cancer Institute working formulation. Journal of Veterinary Diagnostic Investigation, [S.l.], v. 12, n. 4, p. 295-306, 1 july 2000. DOI: 10.1177/104063870001200401

WALY, N. E. et al. Immunohistochemical diagnosis of alimentary lymphomas and severe intestinal inflammation in cats. Journal of Comparative Pathology, [S.l.], v. 133, n. 4, p. 253-260, nov. 2005. DOI: 10.1016/j.jcpa.2005.05.004

WILSON, H. M. Feline alimentary lymphoma: demystifying the enigma. Topics in Companion Animal Medicine, [S.l.], v. 23, n. 4, p. 177-184, nov. 2008. DOI: 10.1053/j.tcam.2008.10.003

WRIGHT, K. Z.  et al. Feline large-cell lymphoma following previous treatment for small-cell gastrointestinal lymphoma: incidence, clinical signs, clinicopathologic data, treatment of a secondary malignancy, response and survival. Journal of Feline Medicine and Surgery, [S.l.], v. 21, n. 4, p. 353-362, june 2018.

Dra. Rochana Rodrigues Fett

Médica-veterinária graduada na UFRGS, Mestre e Doutora em ciências veterinárias. Especializada em Medicina Felina. Membro da diretoria da Academia Brasileira de Clínicos de Felinos - Abfel, da International Cat Care - ISFM e da American Association of Feline Practitioners - AAFP Professora e coordenadora da pós-graduação em medicina de felinos do IBM VET. Sócia e idealizadora da Chatterie Centro de Saúde do Gato.

Marina Condotta

Médica-veterinária graduada pela Universidade do Rio Grande do Sul (UFGRS) em 2022. Membro da academia brasileira de clínicos de felinos (ABFel). Atualmente, é médica-veterinária Clínica na Chatterie Centro de Saúde do Gato.

{PAYWALL_FIM}