Proposta parte de um Projeto de Lei protocolado na Alerj, resultado de iniciativa do CRMV-RJ
Por: Assessoria de Imprensa
O Rio de Janeiro pode se tornar o primeiro estado brasileiro a reconhecer oficialmente a presença de médicos-veterinários no efetivo do Corpo de Bombeiros Militar. Um Projeto de Lei protocolado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) propõe a criação da categoria de Bombeiro Militar Médico-Veterinário, atendendo a uma demanda histórica da classe e da sociedade.
A iniciativa é resultado de uma articulação política conduzida pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ), por meio do presidente Diogo Alves e com apoio técnico do presidente da Comissão de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-RJ, Alexandre Guerra.
O Projeto de Lei nº 5684/2025, de autoria do deputado estadual Rosenverg Reis, altera a Lei Estadual nº 5.175/2007, que trata da organização básica do Corpo de Bombeiros. O objetivo é garantir a presença de profissionais especializados no atendimento emergencial de animais em situações de desastres, acidentes e calamidades, além de contribuir para a proteção da saúde pública e ambiental.
A proposta ganha ainda mais relevância diante de tragédias recentes como as de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, que evidenciaram a ausência de profissionais capacitados para o atendimento de animais vítimas de desastres e o impacto que isso pode ter também na saúde humana.
O projeto também reforça o papel da Medicina Veterinária como área estratégica na resposta a emergências, contribuindo diretamente para o bem-estar animal, a saúde pública e a proteção ambiental.
“A inclusão do médico-veterinário no Corpo de Bombeiros é uma medida alinhada ao conceito de Saúde Única e às melhores práticas internacionais em gestão de crises e desastres. Diante de tragédias como Mariana e Brumadinho, ficou evidente a importância da atuação de profissionais de diferentes áreas no resgate de vidas, tanto humanas quanto animais. A presença do médico-veterinário mostrou-se essencial em operações de salvamento, triagem, atendimento emergencial e na proteção da saúde pública e ambiental”, destaca o presidente do CRMV-RJ, Diogo Alves.