Anestesia, UTI e Emergência em Foco - volume 5, nº 02- 2021 •Editorial

MERCADO VET E PET EM NÚMEROS
O segmento pet e vet carece de pesquisas que revelem ou traduzam a sua grandeza de forma fiel. Poucas entidades produzem dados do setor. Uma delas, é a Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan), que acaba de soltar uma pesquisa mais atualizada, desenvolvida pela Fundação Getúlio Vargas e referente ao ano de 2019. A seguir, trago alguns números que podem nos ajudar a enxergar com mais clareza algumas situações do dia a dia ou ainda dar mais perspectiva para o futuro de nosso segmento. Segundo a pesquisa, cerca de 53% dos domicílios brasileiros contam com cães ou gatos. Dentro desse percentual, 44% são habitados por cães e 21% por gatos. Há uma média de 1,72 cães e 2,01 gatos por lar brasileiro. E o Brasil deve chegar a 101 milhões de pets em 2030 – o que representa 26% de aumento em relação à 2019. De acordo com Leonardo Brandão, médico-veterinário Coordenador da Comac, gatos, em geral, são os pets de entrada (o primeiro contato de pessoas com os animais de companhia) e contam com um crescimento três vezes maior do que os cães dentro do Brasil. A pesquisa ainda revelou que os tutores de cães gastam uma média R$ 224 por mês para cuidar dos pets, entre banho, tosa, alimentação e acessórios para o animal. Já os tutores de gatos investem cerca de R$ 168 mensais nos cuidados com o pet. Sobre o segmento vet, os números também são animadores, pois cerca de 95% dos tutores de cães e gatos que participaram da pesquisa disseram considerar a saúde do pet tão importante quanto a de um membro da família. Existe também muita atenção para a saúde preventiva, porém, quase 51% dos entrevistados disseram ter reduzido tais gastos durante a crise econômica. Sobre as consultas periódicas, 34% dos entrevistados disseram que o fazem e 57% só leva o pet ao veterinário quando há algum problema. Já no caso dos gatos, 36% mantém a periodicidade de consultas ao veterinário, e 50% vão ao detectar algo errado. O veterinário segue como a principal fonte de informação sobre a saúde do pet para 87% (cães) e 79% (gatos) dos tutores. Mas a internet - sites, influenciadores e redes sociais - também é muito utilizada e vem em segundo lugar, com aproximadamente 35%.